Descobrir um pedaço do mundo em que o verde se estende, os rios nascem, os pássaros cantam em coro, e a vida pulsa em cada folha — tudo isso é encontrar a Estação Ecológica Acauã (ou Reserva Ecológica Acauã), uma unidade de proteção integral em Minas Gerais que nos lembra o valor de preservar o que realmente importa. Criada em 23 de setembro de 1974, com cerca de 5.196 hectares, a Acauã cobre os municípios de Leme do Prado e Turmalina, no Alto Jequitinhonha. Aqui, o cerrado denso encontra a transição para mata atlântica, formando um ecossistema único, repleto de vida: cerca de 190 espécies de aves já foram registradas, além de animais como tatu, lobo-guará, cutia, paca, caititu, macaco-prego e até o jacaré-de-papo-amarelo. Apesar de sua beleza, a estação é uma área de proteção integral — as regras lá são sérias: o acesso público livre não é permitido, salvo para pesquisadores ou para escolas em programas específicos de educação ambiental. Mas há muito mais do que ver — Acauã guarda nascentes que alimentam rios importantes como Araçuaí e Jequitinhonha, mata que atua como escudo contra erosão, secas e degradação, silenciamento para a poluição sonora do mundo de fora. É lugar de aprendizado, de observação científica, de reconhecimento de nossa responsabilidade diante da natureza.