VIVA VILA DO BIRIBIRI
Saindo um pouquinho de Milho Verde, resolvemos passear por esse lugar lindo e encantador que é o Parque Estadual do Biribiri, em Diamantina – MG (mais ou menos uma hora e meia de distância)!
A Vila do Biribiri parou no tempo e ainda conserva o clima do Século XIX. As casinhas azuis e brancas são ENCANTADORAS e a Vila é uma preciosidade em meio às montanhas da Serra do Espinhaço.
O serviço local de abrigo para operários de uma fábrica têxtil que foi instalada em 1876, e hoje é um ponto turístico essencial para quem está visitando a região.
O Parque Estadual de Biribiri ( Português : Parque Estadual de Biribiri ) é um parque estadual no estado de Minas Gerais , Brasil. Ele protege uma região montanhosa de cerrado . O parque contém uma vila abandonada, antigamente lar de trabalhadores em uma fábrica têxtil, que agora é uma atração turística.
Localização
O Parque Estadual do Biribiri fica no município de Diamantina, Minas Gerais , a 2,5 quilômetros (1,6 mi) da sede municipal e a 300 quilômetros (190 mi) da capital do estado, Belo Horizonte . Possui uma área de 16.999 hectares (42.010 acres). [ 1 ] O acesso ao parque é feito por estrada de terra, mas é bem conservado e pode ser utilizado por carros. A entrada fica a 13 quilômetros (8,1 mi) do centro de Diamantina. [ 2 ]
O parque fica na Serra do Espinhaço, uma cadeia de rochas de quartzo na bacia do Rio Jequitinhonha . As altitudes variam de 720 metros (2.360 pés) no norte a 1.480 metros (4.860 pés) no sul. [ 3 ] O parque ainda tem vestígios de exploração de ouro e diamante. Existem sítios arqueológicos com inscrições rupestres, mas suas localizações não são marcadas. [ 3 ]
Ambiente
O clima é tropical, com temperatura média anual de cerca de 18 °C (64 °F). O mês mais chuvoso é dezembro. [ 3 ] A vegetação inclui cerrado , mata de galeria e campos rupestres. [ 2 ] Há fragmentos de cerradão no norte, e áreas de floresta densa nas encostas de riachos e rios. A flora inclui a Vellozia squamata , Caryocar brasiliense , jacarandá , pau-santo , Campomanesia pubescens , Hancornia speciosa e candeia , bem como muitos tipos de sempre-vivas, orquídeas e bromélias. [ 3 ]
A fauna inclui o lobo-guará ( Chrysocyon brachyurus ), o puma ( Puma concolor ) e o caracará-de-crista ( Caracara plancus ). [ 2 ] Outras espécies incluem o tamanduá-bandeira ( Myrmecophaga tridactyla ), o mocó ( Kerodon rupestris ), a nothura-pequena ( Nothura minor ), o manakin-de-capacete ( Antilophia galeata ) e o jacinto-portador-viseira ( Augastes scutatus ). [ 3 ]
História
O Parque Estadual do Biribiri foi criado pelo decreto 39.909 de 22 de setembro de 1998. [ 3 ] O parque recebeu esse nome em homenagem à Fazenda Biribiri , que ocupava a maior parte de sua área. É administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). [ 2 ] Os objetivos são preservar a área devido à sua importância ambiental e cultural. O parque passou a fazer parte do Mosaico de unidades de conservação do Espinhaço, criado em 2010.
A infraestrutura é mínima. Há um zelador que trabalha em um barraco na entrada do parque, e há uma casa em um dos pontos mais altos usada como vigia em períodos de alto risco de incêndio. [ 3 ] Em abril de 2013, o Ministério Público e a Justiça de Minas Gerais denunciaram que o Instituto Estadual de Florestas não estava cumprindo a legislação ambiental. Havia problemas sérios como falta de plano de manejo, estruturas físicas e de pessoal, e questões fundiárias com as estações ecológicas de Mata do Acauã e Mata dos Ausentes e os parques estaduais de Biribiri, Alto Cariri, Rio Preto e Serra Negra .
Atrações
A Cachoeira do Sentinela, uma cachoeira, fica a cerca de 6 quilômetros (3,7 milhas) da entrada. Os visitantes podem se banhar na piscina. Mais adiante fica a Cachoeira dos Cristais. Esta cachoeira fica a 12 quilômetros (7,5 milhas) da entrada e pode ser alcançada de carro. [ 3 ] O Caminho dos Escravos é uma trilha de 20 quilômetros (12 milhas) que passa pelo interior do parque. Outras atrações são as piscinas Água Limpa e Estudante, e a trilha da cachoeira de 4 horas. A partir de 2016, o parque estava aberto todos os dias, incluindo feriados, e a entrada era gratuita. Os visitantes podem usar bicicletas nas trilhas que levam às cachoeiras. Os meses de maio a julho são frios e adequados para caminhadas.
A vila histórica de Biribiri
Vila de Biribiri
A Estamparia SA, uma fábrica têxtil, foi criada no interior do que hoje é o parque em 1876 pelo Bispo de Diamantina, João Antônio dos Santos. Esta foi uma das primeiras e mais importantes fábricas têxteis do estado. Os trabalhadores viviam em uma pequena cidade no centro de um vale, que abrigava um armazém, escola e igreja. O sino da igreja foi feito na fábrica, e o relógio foi doado pela família real portuguesa. O Rio Biribiri, que atravessa o parque, movia as turbinas hidrelétricas que forneciam eletricidade para a fábrica e a vila. A fábrica tinha 1.200 trabalhadoes. Ela fechou em 1976, e a vila foi esvaziada. A vila ainda é propriedade da Estamparia SA, e os turistas podem alugar as casas. Há dois restaurantes na vila.
Parque Estadual do Biribiri é destino com história e lazer
Localizado em um cenário onde o natural e o histórico-cultural se abraçam, o Parque Estadual do Biribiri é uma das verdadeiras joias da histórica Diamantina, Patrimônio Cultural da Humanidade, rica em belezas e pela agenda cultural que atrai muitos turistas à região.
Unidade de Conservação mantida pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Parque do Biribiri está na porção central da Serra do Espinhaço, região que foi reconhecida como Reserva da Biosfera pela Unesco, e faz parte da composição de paisagens surpreendentes, que são entremeadas por cidades históricas e vilarejos.
Inserido no bioma do Cerrado, o Parque Estadual do Biribiri conta com quase 17 mil hectares que abrigam uma grande riqueza de espécies da flora e da fauna, muitas delas consideradas ameaçadas de extinção e raras, como o lobo-guará, sussuarana, veado, sempre-vivas, orquídeas, bromélias, canelas-de-ema, entre outras.
Nos locais de afloramento rochoso, com altitude acima dos 900 metros em relação ao nível do mar, há ocorrência da fitofisionomia de campos rupestres que se destacam, por exemplo, pela ocorrência marcante de sempre-vivas e canelas-de-ema.
O espaço também conta com atrativos naturais e histórico-culturais, como trilhas, cachoeiras, piscinas naturais, corredeiras, mirantes, lapas e pinturas rupestres que se confundem com a história do Brasil.
Público
Tudo isso faz do Biribiri um dos parques mais visitados de Minas Gerais, sendo o quarto mais procurado entre 2019 e 2021, de acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Cerca de 70 mil pessoas, anualmente, se encantam com as belezas da região, sendo que 40% desse número são naturais de Diamantina, demonstrando a importância da Unidade de Conservação para a cidade. “O principal atrativo natural de Diamantina é Biribiri. Cerca de 40% dos visitantes do parque são da cidade. Ele é fundamental para o bem-estar da população local”, afirma o gerente da Unidade de Conservação, Rodrigo Zeller.
A visitação ao Parque Estadual do Biribiri ocorre diariamente, inclusive feriados, das 8h às 17h. A entrada é gratuita. As orientações de visitação à Unidade de Conservação podem ser conferidas por meio do link.
Cachoeiras, trilhas e mirantes
Evandro Rodney / Divulgação
No parque, é possível realizar trilhas curtas, como para a cachoeira da Sentinela e dos Cristais, que são as mais frequentadas e onde, anualmente, milhares de turistas se refrescam e renovam suas energias. E também caminhadas em trilhas de longo percurso, como o belíssimo caminho dos Escravos (leia mais abaixo), que se estende por cerca de 20 quilômetros entre a cidade de Diamantina e o distrito de Mendanha, onde o visitante conhece um patrimônio histórico fascinante e ainda aproveita as belezas das cachoeiras da região. Ao todo, são 100 quilômetros de trilhas consolidadas.
Há, ainda, o poço do Estudante e a Água Limpa, que possuem fácil acesso. As outras cachoeiras envolvem caminhadas com duração variável, como a cachoeira do Braço Seco, do Mocotó, o poço Verde, do Pai Rocha, do Vô Toninho, do Soter e da Biquinha.
O parque também possui uma exuberante beleza cênica que pode ser apreciada em alguns mirantes, tais como o mirante da Cruzinha e o mirante do Guinda, ambos de fácil acesso. Do mirante da Casa dos Ventos é possível apreciar uma linda vista. No entanto, o acesso a este mirante é restrito, sendo necessário o acompanhamento de funcionários do parque.
Cultura
Para quem não abre mão de visitar pontos históricos, o Caminho dos Escravos é o principal local. São 20 quilômetros de extensão – sendo 17 quilômetros no interior do parque – que fazem parte de um trecho da Estrada Real, construída no início do Século XIX. A lapa com pinturas rupestres, próxima à cachoeira da Sentinela, também é bastante procurada pelos turistas.
O parque também conta com o cemitério dos Escravos, a lapa dos Fornos, a lapa dos Desenhos e uma lapa com várias pinturas rupestres próximas ao Rio Jequitinhonha, além de muros antigos de pedras colocadas. Pelo conjunto, esses locais revelam a história recente de ocupação nas serras para atividades de garimpo, caça, pecuária extensiva, extrativismo, além de belíssimas pinturas rupestres.
Esportes radicais
O Biribiri também se transformou em um dos principais palcos de esportes radicais de Minas. O parque já acolheu 12 eventos de esporte de aventura, sendo sete de mountain bike e cinco de corrida de aventura. Juntos, os eventos já levaram mais de 7 mil atletas à Unidade de Conservação. Somente no evento de mountain bike Sertão Diamante, que ocorre na região desde 2016, cerca de 1,4 mil atletas marcaram presença na edição de 2022. Outras 400 pessoas compareceram no ano passado para a corrida de aventura Espinhaço Extreme.
Plano de Manejo
Atualmente, o Plano de Manejo do Parque Estadual do Biribiri está em revisão. O documento fundamenta o zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais do parque, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade.
Trata-se de um processo participativo, cuja oficina será realizada no fim de março com 30 pessoas, entre comunidades do entorno, academia, órgãos públicos, empreendedores, entre outros. “Não foi contratada uma consultoria para fazer. É o IEF que está fazendo com a própria equipe, somando esforços”, disse Rodrigo Zeller.
A revisão do Plano de Manejo tem o apoio do Projeto Copaíbas, que é fruto de acordo com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), com recursos da Agência Norueguesa para Desenvolvimento e Cooperação, por meio do Ministério das Relações Exteriores da Noruega, que busca proteger comunidades tradicionais, povos indígenas e áreas protegidas nos biomas Amazônia e Cerrado.
Prevenção
Outra demanda que a gerência do parque começará a trabalhar em abril é o manejo do fogo. A prática envolve o uso intencional de fogo para manejo de vegetação, nativa ou exótica, abrangendo técnicas de aceiro negro, de fogo de supressão ou equivalentes, para reduzir a ocorrência ou a severidade dos incêndios florestais e combatê-los, quando em propagação.
“Temos buscado parcerias com pesquisadores para que entendamos melhor como usar o fogo para a proteção da biodiversidade e quais as melhores técnicas”, salienta o gerente da Unidade de Conservação.
Educação ambiental e pesquisas
O Biribiri conta, ainda, com uma agenda intensa de ações de educação ambiental, que já envolveu mais de 75,5 mil pessoas. O principal destaque é o projeto educativo desenvolvido nos carnavais, quando há um acréscimo expressivo de visitantes.
Outra demanda similar, atendida pelo escritório local do IEF, é pela realização de palestras sobre o parque e unidades de conservação em geral, sobretudo em escolas da região.
Além disso, o Biribiri é uma das referências no que diz respeito a pesquisas de campo. Ao todo, 18 instituições de pesquisa de cinco diferentes estados brasileiros já tiveram projetos desenvolvidos no parque.
Parque Estadual do Biribiri
Foto: Acervo Setur MG | Evandro Rodney Biribiri, que na língua indígena significa “buraco grande”, é também o nome da remota vila onde se instalou, no século XIX, uma indústria têxtil que se tornou marco da tecelagem de Minas Gerais. Biribiri ainda dá nome ao Parque Estadual que abriga essa Vila, na região de Diamantina, há 290 km de Belo Horizonte. Terra de garimpeiros, caçadores de diamantes, tropeiros e aventureiros que percorriam a Estrada Real, e por lá ficaram, inebriados com a riqueza natural e mineral. As pessoas que passam por Biribiri se encantam não somente por seu casario, mas principalmente pelas paisagens de beleza cênica, com seus rios de leitos de pedras, formando cachoeiras e atravessando campos. A área abriga várias nascentes e cursos d’água: o Rio Biribiri, que moveu as turbinas da hidrelétrica geradora da força motriz da fábrica de tecidos; o Rio Pinheiros e diversos córregos, sendo os mais famosos o Sentinela e o Cristais. Os descendentes dos proprietários da fábrica contam histórias sobre os suntuosos degraus da Cachoeira dos Cristais, cujas rochas teriam sido cortadas com talhadeiras pelos proprietários da época, à procura de diamantes. Hoje, o local é um centro cultural e histórico. O Parque Estadual do Biribiri também pertence ao complexo da Serra do Espinhaço, o que significa que seus 16.998 hectares são repletos de tipologia vegetal do cerrado e dos campos rupestres, nascentes e cursos d’água, inúmeros atrativos de grande beleza cênica, além de importantes patrimônios histórico-culturais e arqueológicos. Essa Serra caracteriza-se por uma morfologia de planaltos elevados, interrompidos por despenhadeiros, e atua como suntuoso divisor de águas no Estado, separando a bacia do Rio São Francisco, a oeste, das bacias dos rios Doce e Jequitinhonha, a leste. Várias espécies observadas no Parque representam grande importância para conservação, em virtude da ocorrência de endemismo, baixas populações e destruição de seus habitats. Há gambá, jandaia-da-testa-vermelha, codorna-mineira, capacetinho-do-oco-do-pau, pica-pau-da-cabeça-amarela, onça-parda, lobo-guará e carcará, o gavião do Cerrado. Muitas dessas estão presentes na lista das espécies ameaçadas de extinção. Riquezas que estão sendo preservadas pela da persistência da equipe do IEF, que zela pela sobrevivência desse ecossistema, tão exuberante e mágico. Criado em setembro de 1998, o Parque representa uma área de fundamental importância para a conservação da biodiversidade. Mesmo assim, o Plano de Manejo estuda e reforça a possibilidade de envolvimento da comunidade local visando o desenvolvimento da atividade turística na região. Esta Unidade de Conservação possui ainda diversos sítios arqueológicos pré-coloniais, tais como os painéis de pinturas rupestres, e pós coloniais, como o “Caminho dos Escravos”, além de várias ruínas. Estes vestígios de antigas populações complementam o patrimônio cultural de Diamantina. O Parque, representa ainda, um dos principais atrativos naturais de Diamantina e região, tendo em seu interior inúmeras cachoeiras e trilhas com alto potencial para o Ecoturismo e o Turismo de Aventura.
Conhecida como joia do Espinhaço, região é rica em atrativos naturais