A localidade surgiu no século XVII e era, então, conhecida como Tapera. Conta-se que um caboclo pescou uma grande piranha em um riacho chamado “das piranhas”. Ele preparou e salgou o peixe, e o levou para sua casa, onde verificou que se esquecera do cutelo. E, voltando-se para o filho, disse: – Vá ao porto da piranha e traga o meu cutelo. Esta versão – transmitida de geração a geração -, segundo parece, deu origem ao nome Piranhas. A povoação de Tapera, com o decorrer dos anos, se organizou e, ao mesmo tempo, o povoado que surgiu à beira do riacho se estendeu até Tapera.
O estabelecimento da navegação a vapor, entre Penedo e Piranhas, impulsionou o crescimento local com a assinatura de um convênio entre o Governo da Província das Alagoas e a Companhia Costeira Baiana, em 1867. Entretanto, o maior fator de desenvolvimento deve-se à construção da estrada de ferro, anos mais tarde. Em 1887, foi criada a vila com território desmembrado de Pão de Açúcar e Água Branca e, em 1885, Piranhas passou a distrito.
A ligação ferroviária entre a capital pernambucana e as cidades ribeirinhas teve relevância nacional. A ativação da linha entre Piranhas e a cidade pernambucana de Jatobá, em 1891, foi determinante para a expansão comercial de toda a região. Após várias mudanças na divisão administrativa municipal, inclusive com mudanças do seu nome, tanto o município quanto a cidade passaram a denominar-se Piranhas, em 1949.
A cidade ficou conhecida, nacionalmente, por ser o local onde as cabeças do cangaceiro Lampião (Virgulino Ferreira da Silva) e de outros do seu bando ficaram expostas após a decapitação. No Museu do Sertão (antigo prédio da Estação da Rede Ferroviária), há várias fotos de Lampião, inclusive a que registra o empilhamento das cabeças na escadaria da Prefeitura Municipal.